Uma abordagem histórica sobre fármacos

O fim do século XIX foi de grande importância para a instauração de uma indústria farmacêutica no mundo. Em 1877, a empresa John Wyeth & Brother formalizou nos Estados Unidos, a criação do comprimido. Na conjuntura atual, é indiscutível a forma como a qual essa indústria se tornou necessária para a manutenção da saúde. Todavia, problemáticas estão relacionadas com a quantidade de medicações que estão em disponibilidade para o consumo e comercialização (SAMPAIO et. al. 2014, p. 219).

O uso irracional de medicamentos, a falta de venda fracionada, a distribuição de amostras grátis por parte dos laboratórios e a mídia, que fomenta o consumo e o abandono do tratamento, contribuem de forma significativa para o acúmulo de grande quantidade de medicamentos sem utilidade nos domicílios (ALENCAR et al., 2014; BUENO; WEBER; OLIVEIRA, 2009). Assim sendo, é importante se atentar a forma de descarte destes, pois, uma vez que estão fora de uso, não devem ser descartados inadequadamente no ambiente.

Ao entrarem em contato com o meio ambiente, os fármacos são responsáveis pela contaminação do solo e da água, aumentando riscos indesejados para saúde humana, animais e organismos aquáticos, uma vez que podem ser considerados resíduos tóxicos de acordo com a sua composição química. Os fármacos não são removidos pelos tratamentos de água convencionais, já que suas propriedades químicas são persistentes, têm alto potencial para bioacumulação e baixa biodegradabilidade. Por isso, não há método sanitário que os retire completamente da água, mesmo em uma rede de tratamento de esgoto (CRESTANA; SILVA, 2011).

A desinformação por parte da população e a carência de instrução por parte dos poderes públicos, evidenciada pela falta de campanhas esclarecedoras, são o principal gerador do descarte inapropriado. A fim de prevenir riscos à saúde da população e diminuir significativamente danos ao meio ambiente este projeto configura-se de suma importância para a conscientização social.

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